por Andréa Araújo dos Santos
25/05/2021
A arte desempenha um papel fundamental junto aos indivíduos, possibilitando vários processos de apropriação dos conhecimentos, percepção, criação, observação, imaginação e até mesmo de resolução de problemas, respeitando o potencial criativo de cada pessoa e as particularidades do território no qual estão inseridas.
Esse texto tem por objetivo demonstrar a importância da criação nas aulas de arte nas escolas, tanto no modelo de ensino presencial como nos modelos remoto ou híbrido; visa também trazer a reflexão sobre o quanto participar desses processos proporciona um autoconhecimento, a descoberta sobre materiais e suportes, sobre a curiosidade, sobre as próprias potencialidades e acerca do desenvolvimento de um olhar respeitoso sobre a criação da arte no coletivo, ou seja, promovendo a empatia com relação ao outro.
É possível desenvolver produções artísticas para além da pintura e do desenho em momentos de distanciamento social com aulas remotas ou híbridas? A resposta é sim! Quando as aulas são bem planejadas, oportunizam uma grande gama de aprendizados.
A ação lúdica acontece quando a criança, curiosa, não se conforma em só reproduzir aquilo que conhece e passa a ensaiar outros modos de fazer, transformando tanto o já conhecido pela novidade que conquistou quanto a si mesma pela ação transformadora que realizou. (Richter, p.34, 2008).
No sentido de pensar a criação de arte para além do desenho, é apresentado nesse texto um passo a passo sobre uma modelagem, e o melhor: dentro das possibilidades de cada local, utilizando os materiais que estão à disposição e ampliando o repertório cultural.
Antes de apresentar atividade, segue uma lista de questionamentos para desenvolver a fruição, a criação, a reflexão e a criticidade sobre a produção da modelagem.
Note que a partir desses questionamentos muitos diálogos podem ser desenvolvidos com as crianças: sobre emoções, sentimentos, hipóteses, repertório cultural, resolução de problemas e autoconhecimento.
A elaboração de modelagem, seja ela por meio de tecidos, de caixas, de argila, barro, massa de modelar, papéis ou quaisquer outros materiais que se tenha à disposição, promove várias outras formas de criação. Taille, Dantas e Oliveira, 1992, apud, Meira e Pilloto, p. 29-20, 2010, destacam a importância do processo educativo e que nesta atividade é possível realizar diversas manifestações expressivas: a plástica, a verbal, a dramática, a de escrita, entre outras, pois estimula o simbólico, isto é, a imaginação e construções cognitivas e sensíveis.
Clique aqui para ter acesso a atividade sugerida.
MEIRA, Marly Ribeiro; PILLOTTO, Silvia Sell Duarte. Arte, afeto e educação: a sensibilidade na ação pedagógica. Porto Alegre: Mediação, 2010.
RICHTER, Sandra Regina S. Criança e pintura: ação e paixão do conhecer. Porto Alegre: Mediação, 2008.
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