Desenvolvimento de lideranças educacionais, formação docente e inovação

O que aprendemos com o Centro de Pesquisas para Lideranças da Universidade de Columbia sobre desenvolvimento de lideranças educacionais, formação docente e inovação

No mês de julho, conversamos com Elizabeth Chu e Julie Crampton, diretoras do Centro de Pesquisa e Liderança Pública (CPRL – sigla em inglês) da Universidade de Columbia em Nova Iorque, sobre temas emergentes em relação a lideranças educacionais, formação docente e inovação.

Um dos pontos de destaque da nossa conversa foi sobre o uso do termo ‘gestão’ muito utilizado no Brasil, em vez de ‘liderança’, utilizado em outros países.

Para elas, essa é uma distinção importante e fundamental para estabelecerem as diretrizes do trabalho que realizam. Quando falamos sobre “gestão”, geralmente nos referimos a uma estrutura de governança que já estabelecemos: como nossas organizações são formadas, como operam, quais são seus princípios orientadores e o que compõe a essência de suas operações. Tudo isso é importante para diagnosticar problemas e guiar o sistema em direção a mudanças significativas. com Elizabeth Chu e Julie Crampton, diretoras do Centro de Pesquisa e Liderança Pública (CPRL – sigla em inglês) da Universidade de Columbia em Nova Iorque

Gestão, em um sentido tradicional, envolve uma abordagem de cima para baixo. Há pessoas tomando decisões que impactam outras, criando uma cadeia de comando no qual todos/as seguem políticas e diretrizes estabelecidas. Esse modelo pode ser eficaz para garantir conformidade e consistência, mas é bastante rígido e pode limitar a inovação e a adaptação.

Por outro lado, quando falamos em “liderança”, pensamos em conduzir grupos e organizações inteiras em direção a metas e resultados que beneficiem a todos/as. Isso não envolve apenas alcançar objetivos arbitrários, mas focar em resultados que melhorem de forma equitativa a aprendizagem de todos/as os/as estudantes, por exemplo. A liderança não é apenas sobre dar ordens; é sobre motivar e unir pessoas para trabalhar juntas em prol de um objetivo comum.

Diferentemente da gestão, a liderança requer muito mais colaboração e menos hierarquia. Enquanto ainda existem políticas e expectativas de trabalho a serem seguidas, o foco é muito mais na coesão do grupo e na busca conjunta pelos objetivos. Líderes eficazes são aqueles/as que conseguem inspirar suas equipes, promover um ambiente de trabalho cooperativo e adaptativo, e sempre manter o resultado em mente, garantindo que todas as ações estejam alinhadas com os valores e metas da organização.

Essa é uma discussão importante para pensarmos no papel das lideranças educacionais no Brasil, tanto no nível escolar, quanto no nível municipal ou estadual, e na formação e desenvolvimento de habilidades dessas lideranças em prol da melhoria da educação como um todo e, principalmente, com foco na garantia do aprendizado de todos/as os/as estudantes.

Em nossa conversa, falamos também sobre quais as competências importantes para o desenvolvimento dessas lideranças,  sobre currículo e formação docente, desenvolvimento das competências socioemocionais dos/as estudantes e o uso da inteligência artificial na educação.

Acesse o link a seguir para ler essa importante entrevista na íntegra, CIQUE AQUI.