por Elaine Lindolfo
26/08/2021
Ao falarmos de educação para a infância estamos sempre revisitando princípios e valores, que possam contribuir para o desenvolvimento pleno e para a construção de oportunidades significativas de vivências e experiências, que façam sentido para os bebês, crianças pequenas e bem pequenas. Muitas vezes, nós que somos profissionais envolvidos com este grupo etário, nos deparamos com a preocupação em direcionar o nosso olhar e os nossos planejamentos para que possamos atribuir sentido e significado para o currículo da escola e para as diferentes ações que estão sendo desenvolvidas no dia a dia.
Em minha prática cotidiana, uma das preocupações e objeto de análise e pesquisa, refere-se às relações entre as crianças. Olho para as competências gerais da BNCC e penso nas práticas escolares, sejam elas presenciais, remotas ou em contexto híbrido e o que podemos fazer para que o eixo estruturante brincadeiras e interações, possa estar intencionalmente planejado e promovido, envolvendo os diferentes profissionais da educação, as crianças e famílias, na busca de criação de contextos aprendizes, que promovam novas experiências.
Neste texto, gostaria de fazer um recorte, focando as relações étnico-raciais e a infância, o que nos possibilita uma série de reflexões e reconhecimento de que este é um assunto que precisa pautar os diferentes segmentos educacionais, permeando planejamentos, posturas e estudos, de forma que possamos assim, investir em uma sociedade cada vez mais tolerante e respeitosa.
Neste cenário, as reflexões relacionadas às relações étnico-raciais, no cotidiano das escolas, amparadas pelas leis 10.634/2003 e 11.645/2008, precisam ocupar um lugar significativo nas pautas escolares, para que possam fazer parte do cotidiano da infância, criando possibilidades de tratarmos questões como: empatia e cooperação; autoconhecimento e autocuidado; comunicação e conhecimento, que estão listadas nas competências gerais da BNCC, como uma possibilidade de pensar no ser humano diverso e partícipe de grupos sociais e de territórios culturais plurais.
Qual é o lugar das crianças negras no cotidiano da educação infantil? Quais práticas podem colaborar para a construção de valores, autoestima e identidade?
Partilho aqui uma experiência que está registrada em meu diário de bordo de 2019:
Podemos falar, em outras edições, de algumas estratégias para colaborar com nossos itinerários pedagógicos e as questões raciais. O que acham desta ideia? Fiquem agora, com uma história, de minha autoria em conjunto com meu marido Lira, que fala de uma princesa negra, do vestido sem cor. Junto com a história, trago uma atividade que pode ser trabalhada com as crianças. Espero que gostem e que colabore para as ações na escola e para o despertar das princesas e príncipes negros!
História: a RAINHA da roupa sem cor (Clique aqui para ler)
Comente qual sua opinião sobre esse texto!